quinta-feira, 19 de março de 2015


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https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsYLjMjYqGSBJzC-2oEwJP5pBtc9a1JT1LywfOQvo5s0lalc7W0DlmCxZmazcIW8JmwWd5D9hmH9vPN7tsAXQtfmwa9fNG_iv0BUVtXqnaX0zIo8JhAA77hc7XOPOyZnBJmGbNL5Tksv0/s400/dinheiro.jpgprecisa de dinheiro para que?Dinheiro e emoções

É perceptível e indiscutível a mediação do dinheiro em nossas vidas. O dinheiro sempre se prestou a ser veiculo de questões afetivas e relacionais.

A sensação de poder, segurança e liberdade que o dinheiro representa no inconsciente coletivo, também está associada ao medo do fracasso, insegurança e limitação, sugerindo uma poderosa e complexa ligação entre dinheiro e emoções, onde esse confronto de forças, fica mais exaltado diante algumas exigências dos dias atuais, onde o  “ter” sobrepuja o “ser”.
O dinheiro não é só racional, palpável, quantificável. Ele pode estar associado ao valor monetário e/ou, ao valor pessoal a depender do canal das crenças individuais, oriundas de crenças sociais. Na interpretação psicológica do dinheiro , o mesmo é apresentado como um símbolo de como lidamos com o afeto (quanto dou e quanto recebo) e o que ele proporciona.
  A depender das crenças, o dinheiro pode ser um mediador de manifestações de emoções, ou as emoções podem ser mediadoras na forma de como utilizamos o dinheiro em nossas vidas. Ou seja, entendendo-se que podemos caracterizar emoções como energia em movimento, a migração em diferentes  estados de alegria e tristeza, medo e raiva, vontade e apatia, amor e ódio, podem estar presentes na relação com o dinheiro, a partir da crença que criamos para estabelecermos tal ligação.

 Reconhecer os sentimentos dúbios acerca do dinheiro, é uma boa saída para entender os significados emocionais subjacentes nos movimentos de compulsão, avareza, endividamento, baixa alto estima, entre outros, assim como a obsessão para o enfrentamento dos desafios para a sua obtenção.
No âmbito familiar, toda família tem seus próprios significados do uso do dinheiro. A existência da crença de que o dinheiro dá poder, as relações afetivas/familiares se misturam na questão dinheiro/poder/afeto. Ou seja, cada família têm situações íntrinsecas ao seu sistema de funcionamento, que de forma  conscientes ou não, definem o valor que o dinheiro tem, a importância dele, assim como a forma que se deve/pode lidar com ele. Essas definições são orientadas pelos mitos, regras , valores que vão de geração para geração.
Daremos continuidade ao assunto, nos próximos post, buscando aprofundarmos mais a questão para um melhor entendimento acerca da forma como lidamos com esse grande mediador para o atingimento de muitos projectos pessoais e profissionais em nossas vidas.
Mary Queiroz



Parte 2
Você precisa de dinheiro para que?

Antes de responder a esta pergunta, fazemos um convite para reflexões em alguns pontos relacionados ao assunto:

1.Como eu defino, me relaciono  e me sinto diante o dinheiro?

2.Como o dinheiro se apresenta em minha vida?

3. A que eu  associo o dinheiro?

4. O que o dinheiro me proporciona?

5. Como eu  lido com a ausência do dinheiro?

6. Para onde vai o meu dinheiro? para onde eu o direciono?


Observa-se que dentro de cada dilema financeiro, encerra-se um intenso significado emocional subjacente. Por trás das perguntas existem temores implícitos.  Segundo estudiosos na área comportamental, as pessoas montam sua estratégia de vida emocional de ligação com a VIDA, bem como suas relações com o DINHEIRO na infância, geralmente antes dos 7 anos de idade. Como esta estratégia é inconsciente, ela passa a funcionar como piloto automático na vida de cada um.

Dessa forma, surgem vários tipos de relacionamento humano com o dinheiro,  que  têm raízes profundas no inconsciente de cada um, tais como:

1. Movido à emoção da raiva, que leva à ação impulsiva no momento presente. Compra o que não quer. Pode se tornar um devedor compulsivo, que é um desvio de comportamento exigindo tratamento como qualquer compulsão. Pessoa que gastam compulsivamente, não tendo recursos para pagar suas dívidas. Para saldar um empréstimo faz outro empréstimo e assim por diante.
2. Pessoas que tratam o dinheiro como se este fosse seu dono. Primeiro o dinheiro, depois ele. Movido à emoção do medo de ficar pobre, o entesourador coloca toda sua energia no dinheiro, orientando-se para o futuro. Se perder sua fortuna, ele morre. Joga seus prazeres para um futuro sem data. Muitas pessoas de origem européia trazem em seu DNA, a informação de carência de épocas de austeridade e abstinência no mundo material, de séculos atrás. E se tornam entesouradores. e.
3. Pessoas que não tem interesse pela vida material e pelas questões práticas, em função de uma crença ou um estilo de vida.
4.Pessoas que tem raiva do dinheiro e das pessoas que o têm. Movidos à energia da raiva, desconectados energeticamente, infantis, não exercem poder sobre suas próprias vidas.
6. Pessoas que utilizam-se da boa-fé ou da ingenuidade dos outros para arrumar dinheiro.
7.Pessoas que guardam 99% do dinheiro que ganha. Pensa que se gastar alguma coisa vai fazer falta no futuro. Movido pela energia do medo, vitimizado no passado, coloca-se no mundo como um ser inferior. Elege o dinheiro como seu dono. O plugado direto, torna-se escravo do dinheiro e da informação.
8. Confuso entre amor e dinheiro - movidos pela energia do medo, no presente. Temem não manifestarem o quanto amam ou de não serem amados caso neguem o que o outro quer. Desgastam e permitem abuso.
9. Financeiramente educado: é um estilo construído, pela educação, pelo desenvolvimento pessoal, pelo autoconhecimento, atualizado para o século XXI, conhecedor da bioquímica das emoções no corpo humano.
Altera suas rotas quantas vezes forem necessárias, permanecendo o piloto.
Consciente, sabe estabelecer parcerias, sabe estabelecer relações de troca ganha-ganha e promove relações conscientes onde estiver.
Conhecendo seu próprio passado, aprende no presente, direcionando-se para o futuro, com um plano de vida tanto pessoal quanto financeiro.
Alterará sua rota tantas vezes quando for necessário, corrigindo sua navegação com consciência.
Somente a “desmontagem” do padrão comportamental estabelecido na infância, irá favorecer uma compreensão das ligações entre dinheiro e emoções, bem como a importância e amplitude que o dinheiro provoca  em todas as ligações na vida.
A orientação de um profissional habilitado é fundamental para trazer à consciência processos inconscientes.
Mary Queiroz